Sonho
de consumo para o Brasil, na Suécia a população carcerária vem
diminuindo ano-a-ano, chegando ao ponto das autoridades decidirem por
fechar alguns estabelecimentos carcerários por falta de detentos.
É
inimaginável uma situação como essa acontecendo no Brasil, onde,
segundo estudos do Centro
Internacional de Estudos Carcerários, temos 584.003 detentos, ou 274
por 100 mil habitantes, ocupando o quarto lugar no ranking dos países
com maior população carcerária, ficando atrás apenas de EUA,
China e Rússia, mas ganhando da Índia.
O
motivo pelo qual caiu o número de detentos na Suécia ainda é
desconhecido e objeto de estudos, mas por aqui as pesquisas indicam o
crescente número de crimes como homicídios, crimes envolvendo atos
de violência e contra o patrimônio, muitos deles agravados nos
últimos anos pela bonança financeira que o país vive.
É
um quadro aparentemente contraditório, de um lado o crescimento da
renda média do brasileiro e de outro lado o crescimento dos crimes,
que na maioria dos casos está atrelado ao uso de drogas, como
cocaína e crack.
Ainda
é assustador o número de brasileiros que vivem à margem da
sociedade e muito distantes dos braços do Estado.
As
clínicas de reabilitação apresentam estatísticas devastadoras
quanto à quantidade de internos e ex internos dependentes de drogas,
que se envolveram com crimes e possuem o que se costuma dizer de
passagem pela polícia.
O
problema é tão grave e crescente que há muito tempo especialistas
e autoridades públicas anunciaram que é um surto com impacto em
saúde pública, devendo ser objeto de políticas públicas
eficientes.
Voltamos
ao começo, aqui é o Brasil e não a Suécia, em muitas coisas só
temos a lamentar.
Aqui
a quantidade de estabelecimentos carcerários é insuficiente para
acolher com dignidade e respeito aos direitos básicos a população
carcerária, que só faz crescer.
Mas
por outro lado, em breve seremos anunciados como exemplo de
estabelecimentos carcerários que permitem que seus detentos
mantenham suas atividades comercias criminosas ativas, usando-se das
ferramentas tecnológicas oferecidas pelo sistema corrupto.
Já
dizia a canção “que país é esse?”.
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